A vida de Jesus… como um filme de terror?

Você já pensou alguma vez em um filme sobre a vida de Jesus… mas em forma de terror? Pois é, soa absurdo, mas é exatamente isso que alguns produtores de cinema decidiram fazer. Sim, eu entendo, isso nos indigna profundamente. Só de imaginar que querem transformar o Filho de Deus em um personagem manipulável, como se fosse apenas mais um recurso para chamar a atenção do público, já é revoltante. Não se trata apenas de entretenimento ou de ficção qualquer. Estamos falando d’Aquele que é santo, perfeito e que veio ao mundo para salvar a humanidade, e não para ser retratado como uma figura de medo ou de obscuridade.

O filme em questão se chama “O Filho do Carpinteiro”. A história que o inspira não vem dos quatro Evangelhos reconhecidos pela Igreja, mas sim de um texto apócrifo do segundo século, um escrito que alguns estudiosos especulam ter sido atribuído ao apóstolo Tomé em sua infância. Nesse texto, narra-se que Jesus e sua família estariam escondidos no Egito e que ali o menino Jesus teria começado a manifestar poderes sobrenaturais. É a partir dessa premissa que os roteiristas constroem uma narrativa sombria, transformando a infância do Salvador em um enredo de suspense e horror.
E aqui surge o problema.

Por que não partir da verdade dos Evangelhos, que contam de maneira clara e inspirada pelo Espírito Santo quem foi Jesus e o que Ele fez? A resposta é evidente: porque o objetivo desse tipo de produção não é honrar a verdade, mas sim provocar polêmica e vender bilhetes de cinema. O mundo do entretenimento sabe que a figura de Cristo desperta curiosidade, respeito e até controvérsias, e por isso usam Seu nome de maneira distorcida para gerar lucro.

O mais doloroso é pensar que muitos que não conhecem a Bíblia podem assistir a um filme assim e sair do cinema acreditando que aquilo é parte da história real. Essa é a parte mais perigosa: não apenas se ridiculariza o que é sagrado, mas também se planta confusão e mentira no coração das pessoas. Ao invés de conhecerem o Jesus verdadeiro — o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo — acabam tendo contato com uma caricatura macabra, um retrato sombrio totalmente contrário ao que Ele realmente é.

A Bíblia afirma claramente que Jesus é a luz do mundo, o príncipe da paz, aquele que veio trazer vida em abundância. Ele não é terror, não é obscuridade, não é motivo de medo. Ao contrário, onde Ele está, as trevas se dissipam. Transformá-lo em um personagem de horror não é apenas um desrespeito; é uma blasfêmia contra o Seu santo nome.

Não podemos nos calar diante de produções como essa. Precisamos lembrar ao mundo que Cristo não é invenção de roteirista, não é lenda apócrifa, não é material para filmes de horror. Ele é o Filho de Deus, o Verbo que se fez carne, aquele que morreu e ressuscitou para nos dar salvação. É por isso que o apóstolo Paulo declarou: “Não me envergonho do evangelho, pois é o poder de Deus para a salvação de todo aquele que crê” (Romanos 1:16).

No fim, tudo isso apenas confirma o que a Escritura já nos advertiu: “Deus não se deixa escarnecer” (Gálatas 6:7). Podem inventar teorias, escrever roteiros, produzir filmes e até zombar, mas a verdade permanece imutável. Cristo continua sendo a vida, a luz e a salvação do mundo. Nenhuma obra humana, por mais ousada ou irreverente que seja, conseguirá mudar essa realidade eterna.

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